quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Asas

És-me a sombra,
o altar onde me ponho,
gume que me irá matar!

És poeta,
louco criador do sonho,
rito de sacrificar.

E eu sou sangue
derramado em desafio
de unir o sol à terra

O caminho
inseguro, escuro e frio
na passada de quem erra!

Mas se és vento
que me traz a liberdade...

Se fores o meu cheiro a mar

Serei lua
com aroma de saudade

terei asas para voar!

4 comentários:

Pink Star disse...

Por vezes é preciso que tude mude para que tudo permaneça....
Beijos

papagueno disse...

Olá, vim retribuir a visita e encontro um blogue com tão bela poesia.
Bjks

Lia Palma disse...

Obrigada, papagueno, a porta está sempre aberta...

António Castro disse...

Encontro-me numa eterna convalescença.
Numa épica batalha, entro em conflito e desavença.
Não me percebo, não me creio, não me conheço.
Se olho, não vejo. Se lembro, esqueço.

saudades*