sexta-feira, 10 de março de 2006

Fiel Jardineiro

Perdi o tempo, o espaço, o meu abrigo
Chorei sózinha a minha mágoa, a nossa dor
Fui acolhida pelo conforto de um amigo
Que me deu um canteiro e me fez flor

O meu fiel Jardineiro!

Fiel a si, aos sentimentos e aos sentidos
Semeou no meu vento a tempestade
Sonhador perfeito de amores proibidos
Defensor incondicional dessa verdade

E na pura arte de semear
Plantou sorrisos no meu coração
Dou-te as palavras que te posso dar
Quando as não tenho...dou-te a minha mão!

1 comentário:

Anónimo disse...

Não sei se te procure...,

talvez o faça,

porque tudo está inerte...,

só se move o silêncio

e até este está moribundo!!

Talvez te procure...,

pois os beijos estão secos,

os abraços murcharam,

as palavras doces, definham...,

tudo está parado...,

parado, porquê estás ausente...,

os barcos não se movem,

têm as velas mortas,

o Mar é duma planura constante,

as Gaivotas não voam mais

e o Sol, aguarda que apareças,

para voltar a nascer...!

Talvez te procure...,

pois por todo lugar,

existem Sorrisos caídos pelo chão,

quais folhas mortas de Outono...,

as Nuvens deixaram de chorar,

estão completamente imóveis,

presas por fios de Tristeza...,

aguardando que apareças...!

Talvez te procure...,

pois o Mundo deixou de girar...,

os Rios deixaram de correr,

a Vida sufoca por todo o lugar...,

tudo é ausência...,

melâncolia...,

tudo está tristemente imóvel!!

...Apenas as minhas Lágrimas se movem,

num cair síncopado,

qual valsa de Tristeza compassada...!

...Som que só o Coração escuta,...

mas que jamais desejou escutar!!...

...Talvez te procure,

um dia qualquer,

em que apareças e o Sol volte a nascer

e tudo se torne a mover,

plácidamente, ao som de mil Sorrisos...,

...um dia qualquer,

...num Tempo qualquer,

talvez te procure e volte a sorrir...!