sexta-feira, 10 de março de 2006


Quem serás de novo?

Hoje juntas as palavras
Lês personagens que vivem sózinhos
Que se arrumaram em páginas
A quem destinaste um caminho
Não os deixas respirar
Toldas-lhes a visão, o brilho
Viver é mais do que amar!
Ser mãe não é ter um filho,
É ensiná-lo a sonhar!

Hoje segues as pegadas
Já desenhadas no tempo
Não soltas as gargalhadas

Deixa-me arrancar-te o véu
Que vestes em vez da cara
As nuvens não são o céu
O nosso tempo não pára
E tu, nunca foste meu
Nunca foste um corpo nu
Nunca foste um livro aberto
E para ti, já foste Tu?
Ou só andaste lá perto?

3 comentários:

Noktivaguz disse...
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Noktivaguz disse...

No teatro, somos a exteriorizaçao do que pensamos de nós próprios.
O personagem é então, um sub-produto da projeçao contextual que idealizamos mentalmente, no desempenho de um determinado papel.
Andaremos realmente, assim tão longe disso?

Lia Palma disse...

A essência do Teatro reside na possibilidade de nunca chegarmos a ser quem somos nem o que pensamos que somos!