Quem serás de novo?
Hoje juntas as palavras
Lês personagens que vivem sózinhos
Que se arrumaram em páginas
A quem destinaste um caminho
Não os deixas respirar
Toldas-lhes a visão, o brilho
Viver é mais do que amar!
Ser mãe não é ter um filho,
É ensiná-lo a sonhar!
Hoje segues as pegadas
Já desenhadas no tempo
Não soltas as gargalhadas
Deixa-me arrancar-te o véu
Que vestes em vez da cara
As nuvens não são o céu
O nosso tempo não pára
E tu, nunca foste meu
Nunca foste um corpo nu
Nunca foste um livro aberto
E para ti, já foste Tu?
Ou só andaste lá perto?
3 comentários:
No teatro, somos a exteriorizaçao do que pensamos de nós próprios.
O personagem é então, um sub-produto da projeçao contextual que idealizamos mentalmente, no desempenho de um determinado papel.
Andaremos realmente, assim tão longe disso?
A essência do Teatro reside na possibilidade de nunca chegarmos a ser quem somos nem o que pensamos que somos!
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